Um bom profissional da área do direito, em primeiro lugar, antes de tudo e até mesmo das leis, deve saber português. 
Nossa lingua, como todos sabem, possui inúmeras regras para a escrita, o que torna, uma das linguas mais complexas do planeta. Para que possamos estar sempre afiados, é necessário, antes de mais nada, ler bastante e alimentar o nosso "banco de dados" relacionado ao português. Contudo, só ler não é o bastante, devemos praticar a escrita, como profissionais do direito escrevemos muito e isso de fato ajuda para o aprimoramento e perfeição de um bom português, no entanto, mesmo com a leitura e a escrita, não devemos nos esquecer das regras técnicas da nossa lingua, principalmente pra quem é concurseiro ou pretende ser um dia. 
Por isso vamos às regras!
                   
                      O USO DA VÍRGULA.
Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim: 
1. Não se usa vírgula: 
Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si: 
a) entre sujeito e predicado. 
Todos os alunos da sala foram advertidos. 
Sujeito predicado 
b) entre o verbo e seus objetos. 
O trabalho custou sacrifício aos realizadores. 
V.T.D.I. O.D. O.I. 
Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal. 
2. Usa-se a vírgula: 
Para marcar intercalação: 
a) do adjunto adverbial: O café, devido à sua abundância, vem caindo de preço. 
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, quantidades de alimentos. 
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos. 
Para marcar inversão: 
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. 
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. 
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982. 
Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração): 
Era um garoto de 15 anos, alto, magro. 
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. 
Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo: 
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. 
Usa-se a vírgula para isolar: 
- o aposto: 
João, sujeito ignorante, veio da Paraíba. 
- o vocativo: 
Ora, Thiago, não diga bobagem.`
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